sábado, 14 de setembro de 2013




Muito prazer, meu nome é otário
Vindo de outros tempos mas sempre no horário
Peixe fora d'água, borboletas no aquário
Muito prazer, meu nome é otário
Na ponta dos cascos e fora do páreo
Puro sangue, puxando carroça
Um prazer cada vez mais raro
Aerodinâmica num tanque de guerra,
Vaidades que a terra um dia há de comer.
"Ás" de Espadas fora do baralho
Grandes negócios, pequeno empresário.
Muito prazer me chamam de otário
Por amor às causas perdidas.
Tudo bem, até pode ser
Que os dragões sejam moinhos de vento
Tudo bem, seja o que for
Seja por amor às causas perdidas
Por amor às causas perdidas.

Vivemos num mundo como o de Dom Quixote, em que ter sonhos e acreditar neles não vale nada se não tiver respaldo para e na sociedade. Assim, a mensagem de Cervantes, em Dom Quixote e consequentemente na música dos Engenheiros é clara: O mundo pode nos ver como “otários”, e podemos nos sentir como “peixe fora d’água, borboletas no aquário” nesse mundo tão desumano e cruel, mas se for por amor, mesmo que seja “por causas perdidas”, NÃO DESISTA. Busque seus ideais, pois certas verdades só estão disponíveis para os que, como Dom Quixote, aceitam ser “loucos e otários”. Só estes o que podem ver o invisível. (P.S: Nenhum louco pode ensinar tantas lições de vida como Dom Quixote, por isso, nada substitui a leitura da obra, mesmo que ela parece extensa e dificultosa. EU RECOMENDO, embora para alguns isso seja coisa de otário). Muito prazer...meu nome é otário. 

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